domingo, 19 de junho de 2011

Os amigos do Alasca (XXXIX)

Gokona, Alasca
Já ninguém quer saber do Japão, as noticias são fugazes e sem interesse, só quando houver uma explosão nuclear é que os media whore se voltam a interessar. Foram lá, deram o choradinho para uma campanha social qualquer, mascou-se bem a tragédia e cuspiu-se a noticia quando já não teve mais interesse.

Continuarão a dar-nos reportagens onde se apela à emoção, mas factos sobre o assunto, zero...
Para aqueles lados, o problema continua, agravado pela inoperância e incapacidade pois pouco há a fazer, mas muito a omitir.

Há uns dias atrás um sénior da politica japonesa disse que o seu país podia tornar-se inabitável. É de facto um argumento plausível, a radioactividade espalha-se e infiltra-se nos solos e partes fundas dos rios e mares. Sem cultivo ou pescas por décadas, o Japão regride no tempo e nunca recuperará enquanto o problema nuclear estiver presente.

Os Japoneses fizeram uma escolha há uma décadas atrás para se livrarem da importação do petróleo, essa opção recaiu sobre o Nuclear e as energias renováveis. O dinheiro fluiu todo para aí, a opção nuclear servia para alimentar a rede eléctrica do país enquanto as novas energias iriam ser aplicadas a todos os tipos de veículos. Neste campo os japoneses levavam já anos de distância em relação à concorrência.

Se não conseguiram controlar aquilo até agora e esperam o final do tipo deixa arder, então o Japão estará de facto com um problema que começa já a fazer efeitos bem para lá da costa onde se deu o desastre. Esta noticia dá-nos conta de 2 baleias que foram pescadas tendo sido encontrado Cesium em ambas. Cesium é um dos elementos radioactivos que derrama por Fukushima.

Para mim digo de caras, os amigos do Alasca andaram a brincar aos deuses.

A minha conexão com os amigos do Alasca data de 1999 com um relatório sobre ambiente, segurança e política externa produzido pelo politburo europeu.

"Na sessão de 13 de Julho de 1995, o Presidente do Parlamento comunicou o envio da proposta de resolução da Deputada Rehn Rouva, sobre a estratégia para a utilização dos recursos militares para fins ambientais (B4-0551/95), apresentada nos termos do artigo 45°, à Comissão dos Assuntos Externos, da Segurança e da Política de Defesa, competente quanto à matéria de fundo, e à Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Defesa do Consumidor, encarregada de emitir parecer."

Agora, se rodarem para baixo temos a Proposta de resolução, viajemos até ao número 27 onde encontramos...

27 - "Entende que o HAARP (Programa de Investigação de Alta Frequência Auroral Activa), em virtude dos seus profundos efeitos para o ambiente, é uma questão de interesse mundial e exige que os aspectos jurídicos, ecológicos e éticos sejam investigados por órgãos internacionais independentes antes da continuação da investigação e dos testes; deplora que o Governo dos Estados Unidos tenha repetidas vezes recusado enviar um representante testemunhar, na audição pública ou em qualquer outra reunião subsequente da comissão competente, sobre os riscos que comporta para o ambiente e para as populações um programa de investigação sobre as radiações de alta frequência (HAARP) financiado actualmente no Alasca;

28 - Solicita ao Grupo de Avaliação das Opções Científicas e Técnicas (STOA) que aceite apreciar as provas científicas e técnicas fornecidas em todos os estudos sobre o HAARP a fim de avaliar a exacta natureza e o grau de risco criado pelo HAARP, tanto para o ambiente local como mundial e para a saúde pública em geral;

Mas, se descerem mais na página irão encontrar a descrição made in politburo do que era na altura a visão europeia sobre o sistema Haarp.

Report on the environment, security and foreign policy  (English)

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