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terça-feira, 5 de junho de 2012

A filantropia e o suicídio oriental (parte2) LXXXIII

                                                                      O soft Power em acção

Ora bem, como vimos atrás a promoção da polio oral está em marcha, o senhor Bill quer erradicar a doença de uma vez por todas na Índia, o que é ridículo dado ser impossível. O frenesim com a Polio é uma invenção do homem, pois mais de 90% das pessoas que adquire a poliomielite só sabe que a têm quando se dá a paralisia de um dos membros, correspondendo esta fase a uma % diminuta nos casos registados. O problema é que todos os outros casos de polio que não chegam a desenvolver paralisia não são registados porque não se fazem testes para esse efeito.


Mas mesmo assim, nos países ocidentais estávamos a ter casos de polio em populações vacinadas, então a OMS o que é que se lembra de fazer? Modificaram a definição de polio, aumentaram os dias em que se podia confirmar que era polio. Esta redefinição deu muito jeito no Ocidente, que assim viu os números baixarem drasticamente, sendo a heroína a vacina contra a polio, o que é falso, pois o mais comum é contrair-se polio sem se ter paralisia e até mesmo os sintomas ao inicio da doença são idênticos a tantas outras doenças infantis.

Neste caso indiano, o assunto muda de figura. Assim, temos dois médicos que se chegaram à frente para dizer o que se passa com esta charada...aqui têm.

In 2011 there were an extra 47500 new cases of NPAFP [non-polio acute flaccid paralysis]. Clinically indistinguishable from polio paralysis but twice as deadly, the incidence of NPAFP was directly proportional to doses of oral polio received. Through this data was collected within the polio surveillance system, it was not investigated.

“The charade about polio eradication and the great savings it will bring has persisted to date. It is a paradox that while the director general of WHO, Margret Chan, and Bill Gates are trying to muster support for polio eradication (22) it has been known to the scientific community, for over 10 years, that eradication of polio is impossible..."

“Data from India on polio control over 10 years, available from the National Polio Surveillance Project, has now been compiled and made available online for it to be scrutinised by epidemiologists and statisticians (29). This shows that the non-polio AFP rate increases in proportion to the number of polio vaccines doses received in each area."

In 2011, an additional 47,500 children were newly paralysed in the year, over and above the standard 2/100,000 non-polio AFP that is generally accepted as the norm. (32-33). [Emphasis added.]
“It is sad that, even after meticulous surveillance, this large excess in the incidence of paralysis was not investigated as a possible signal, nor was any effort made to try and study the mechanism for this spurt in non-polio AFP. [Emphasis added.]

These findings point to the need for a critical appraisal to find the factors contributing to the increase in non-polio AFP with increase in OPV doses – perhaps looking at the influence of strain shifts of entero-pathogens induced by the vaccine given practically once every month.

“From India’s perspective the exercise has been extremely costly both in terms of human suffering and in monetary terms. It is tempting to speculate what could have been achieved if the $2.5 billion spent on attempting to eradicate polio were spent on water and sanitation and routine immunization.

Ora aí está uma coisa que o filantropo do Bill não se lembra, de fornecer água em boas condições e saneamento, coisas essenciais para a não proliferação daquilo que ele quer erradicar.

Caso não tenham reparado a vacina criou 47mil novos casos de polio com paralisia, mas será que é sempre impressão minha ou estes números são outra vez assombrosos? Com os cumprimentos do Tio Bill que anda a distribuir vacinas que são mais mortíferas do que a própria doença.

E já agora a definição que a organização mundial da saúde arranjou para esta aberração é de (non-polio acute flaccid paralysis), uma termo orwelliano para se diferenciar da polio natural porque ambas podem criar paralisia, a diferença consiste no próprio vírus, pois o vírus que está contido nas vacinas é sintético, o que traz muito mais complicações duplicando inclusive a taxa de mortalidade.

Será que o Bill parou para pensar nestes números? Não, o tipo quer dar isto a todas as crianças pobres com menos de 5 anos, ou seja, quer substituir a estirpe natural pela sintética visto esta ser muito mais eficaz, se é que me faço entender.

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/04/special-virus-cancer-program-2-xxii.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/04/special-virus-cancer-program-2-xxiii.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2012/05/filantropia-e-o-suicidio-oriental-1.html

domingo, 20 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte3) XIX

Blaise Compaoré foi o cabecilha por detrás do golpe de estado que levou ao assassínio Sankara, com a ajuda dos franceses diga-se, curiosamente ajudou-o também a chegar ao poder. Ainda hoje permanece como presidente do Burkina Faso e entregou o país de volta ao Banco mundial e aos restantes crocodilos como já pudemos ver.

Agora...
Não se mexe nas forças primárias da natureza. Essas forças são contra o desenvolvimento e sugam-nos através de privações e depravações sócio-económicas.
Esqueçam os políticos, esses, nem têm lugar à mesa neste patamar. Os descartáveis, tudo farão para agradar porque é esse o seu trabalho. Eles sabem a quem têm de obedecer, com um pouco de sorte serão alto-comissários ou presidentes de alguma comissão estrangeira.
Por vezes, é certo, saem anomalias tais como Kennedy, Jaime Roldós, Sankara, Omar Torrijos, Sá Carneiro, entre outros.

Dizer que é só o BM e o FMI a explorarem África não é justo. Estes dois apenas servem como mecanismo/regulador para efectuar as politicas a implementar. De facto, usa-se esta via, pois pode-se aplicar as leis internacionais, onde todos têm de obedecer porque assinaram tratados e mais tratados para tal efeito, por norma via ONU.

No caso do banco mundial as associações são naturalmente com...privados. Todos usam aquelas siglas que soam a uma espécie de governação, mas na realidade são privados e quando assim é, o lucro é quem mais ordena.
É uma porta aberta para quem quiser assaltar a casa, isso sim.

Um dos associados mora aqui...
(seleccionem Português)
Esta organização por exemplo trabalha no ramo do sector privado do banco mundial.

Um pouco mais a baixo o histórico diz-nos...    
- A criação da IFC em 1956 representou a primeira etapa da comunidade global para promover o investimento do sector privado nas nações em desenvolvimento.

No meu dicionário encontrei um sinónimo sobre esta definição histórica, na palavra exploração. Desenvolver o sector privado como bem sabemos é tomar conta de todos os recursos naturais.
Através desta organização por exemplo, as empresas ocidentais penetram na economia, instalam-se no país ou adquirem uma empresa local e funcionam a partir daí.

Os países ocidentais também entram na jogada ao praticarem a filantropia com o dinheiro dos contribuintes. Um donativo em troca de umas migalhas deve de ser o mote.
http://www.ifc.org/ifcext/portuguese.nsf/Content/Donor_Countries

No próximo quadro vemos as áreas de aplicação desta organização...



A parte Global/Temática diz tudo sobre esta organização, de relembrar que estamos a falar de instituições privadas, tópicos como financiamento de carbono ou cidadania corporativa, têm como objectivo final o lucro.
Adoro o termo cidadania corporativa, faz-me recordar o filme Metropolis, de Fritz Lang.

Os verdadeiros "moneylenders" moram nestas organizações, estão bem acima de qualquer instituição governamental, não foram eleitos por ninguém porque são ninhos de corporações, os verdadeiros "tip top of the capstone". Querem saber porque o mundo está feito numa merda?

Tomem lá outra agência, a MIGA...mas não de todos, claro está..

Mais uma nobre agência com o intuito de promover o investimento estrangeiro directo nos países em desenvolvimento. É assim que eles funcionam, para cada sector uma organização com multi-poderes.
Estas duas organizações acima descritas são basicamente uma só, pois é o investimento estrangeiro quem compra o sector privado nos países pobres.
E como os países têm uma dívida para com o banco mundial são obrigados a aceitar estas multinacionais que nada mais fazem que repartir a riqueza pelos seus.
 
Por último temos o IBRD (international Bank reconstruction and development).

Esta organização consegue o seu capital nos mercados financeiros, para depois emprestar a "bom preço", esse mesmo dinheiro aos governos e empresas públicas. Os agiotas também se costumam servir de quem está desesperado para conseguir sacar o que lhe resta.

São 3 exemplos onde claramente o negócio nada têm a haver com ajudar seja quem for. Estas nuvens que pairam nestes países são de facto o principal factor das inúmeras desigualdades instaladas nesses sítios, a única ajuda que produz é em favorecimento dos crocodilos do topo, nada mais.
Vemos o senhor Bill Gates a praticar a filantropia em África oferecendo milhões para a vacinação, mas curiosamente nunca o ouviram falar em elevar os padrões de vida dessas mesma pessoas, dar-lhes saneamento, electricidade, água potável, enfim, coisas realmente necessárias e que acabariam com grande parte das doenças que proliferam onde faltam estas condições

Mas, quem são estas instituições? Quem as elegeu? Porque é que nos seus estatutos estas corporações aqui apresentadas têm personalidade jurídica? Quem lhes concedeu esse direito?
Porque é que detêm um poder quase monolítico sobre os países?
Se o objectivo realmente fosse o dinheiro, então elevar-se-ia o nível de vida e assim conseguia-se mais, não é com um povo qualquer a ganhar 4 dólares por dia que se vai enriquecer ainda mais. Certo?

Para além de sugarem os recursos naturais que ficam entregue às empresas que se movimentam através deste circuito, os programas de ajuste estrutural ficam sempre sob a alçada, não de economistas, mas sim de burocratas, tecnocratas, que operam por entre governos e grupos think tank.

Estes, servem bem acima de governos, são os que moldam as leis, que quando aplicadas, começam a roer o tecido social, o objectivo é sempre destruir a própria estrutura que sustenta a sociedade e por conseguinte a nação. Não é só um país que fica em divída, são anos a fio de miserabilismo que tornam as culturas viradas do avesso, começa-se a esfarrapar lentamente a sociedade, desfragmentando-se em grupos, tribos ou rebeldes. O resultado final não interessa, desde que se consiga afastar o que mantêm as pessoas unidas enquanto povo, o trabalho está feito.

Qualquer um que queira tentar perceber a origem desta degradação civilizacional que tivemos no último século, terá de olhar para a verdadeira arquitectura que move esses mesmos governos. E não falo em partidos políticos, refiro-me é claro, á ponta do icebergue.