Mostrar mensagens com a etiqueta Banco central. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Banco central. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Um banqueiro diferente (CXXI)

Desde à uns tempos para cá que temos vindo a observar um certo número de pessoas a exporem o que realmente se passa no mundo. Agora, mais que nunca, estes "cantantes" nascem como cogumelos visto o funil estar a ficar cada mais estreito e mesmo quem anda dentro do sistema começa a ficar saturado ou não aguenta ir mais longe. E qual é o único remédio nesta situação? Cantar o que sabe.

Fazem-nos chamadas de atenção ás quais ligamos muito pouco, porque a vida é para continuar e o relógio não pára. Esquece-mo-nos do quanto arriscam só para nos dizerem algo que na maioria da vezes está escancarado à nossa frente.

E não me refiro só a Edward Snowden que nada mais fez do que comprovar todas as teorias de conspiração em relação à NSA e seus amigos. Afinal era tudo verdade, o que não é de admirar, pois no mundo real aquela é a faceta de todos os governos, uns mais outros menos, uns fazem outros ajudam a fazer, é tão simples quanto isso.

Mas não é sobre Snowden este artigo. Hoje, quero-vos apresentar um banqueiro, diferente de todas as outras sanguessugas que conhecemos neste ramo. O seu nome é Lars Seier Christensen, fundador e CEO do Saxo Bank.

Comecei por verificar se este tipo esteve na reunião de Bilderberg 2013, e pude constatar que não esteve presente, o que é bom. O site é este http://www.tradingfloor.com/posts/broader-relevance-ayn-rand-society-710110757 e o que este homem diz é relevante, não só pelo seu estatuto profissional mas porque consegue tocar em pontos nevrálgicos do que é a "obra" europeia.
Começa por escrever sobre Ayn Rand, filosofa de origem judaica que têm no seu livro "A revolta do atlas" a sua obra prima. Passando a introdução, Lars remata assim..

"One of the biggest mistakes we can make is to assume that rationality will prevail, that just through superior economic performance, freedom will capture enough peoples' hearts in a democracy to win the day. This creates a major problem for those of us that like to argue rationally, rather than emotionally."

"It creates a major opportunity for politicians that intuitively know that in a rational world, there would be little demand for their services."

As ideologias politicas servem perfeitamente este propósito, pois conseguem criar uma ligação emocional entre os seus apoiantes e os partidos políticos. Argumentar racionalmente contra estes indivíduos é de todo impossível.

Os políticos usam o discurso emotivo por forma a introduzir na cabeça das pessoas algo que vá de encontro às suas pretensões. A oposição politica que se faz a quem está no poder mas também os próprios governos precisam de ter desempregados e pessoas a depender do estado pois só dessa forma é que conseguem muitos votos, acenando na maioria das vezes com promessas que nunca serão cumpridas. Por isso, quanto menos as pessoas precisarem do estado mais irrelevantes eles se tornarão aos olhos das pessoas.

O mesmo se pode dizer dos mediawhore que usam o "shock and awe" para noite após noite moldar o pensamento, instigando emoções em assuntos onde a razão deveria de imperar. Desta forma gera-se ao final de algum tempo um terrorismo psicológico que quebrará as defesas de um ou mais indivíduos e até mesmo de populações inteiras.

"Only in an irrational, emotional universe, where opportunists can gain access to media and visibility to express “feelings” and try to take the moral high ground, no matter how unfounded in reality it is — only in such an environment can you survive without having to produce practical, productive results, and instead prosper and benefit from empty talk and third-rate acting performances."

Se tivermos que reduzir a politica a uma frase, então eu propunha esta, pois a descrição é perfeita. Não existe mais nada para além disto, tudo o resto é elevado pelos mediawhore que adoram tê-los na televisão a opinar sobre como as pessoas devem de agir ou pensar.

E são estes ainda que conseguem extrapolar os "não feitos" da classe politica e calarem-se sobre as vigarices por esse mundo fora.

"This tendency, unfortunately, has only strengthened during the recent crisis. There is often a complete disconnect between the reality and the words used to describe it, the actions pretending to deal with it. In particular, this is very noticeable in the Eurozone these days."

Assim é, apenas e só porque a verdadeira agenda têm de ser ocultada. É preferível porêm-nos a chamá-los de incompetentes do que conspiradores.

"...clearly the dynamics of democracy and interfering politicians are very well described in Atlas Shrugged, where constant intrusive corrective attempts to fix a given problem leads to new, unforeseen problems that need additional correction. This triggers an endless series of correcting moves, where only two things are certain."

"First, the politicians assign ever greater powers to themselves, as they manage to convince the citizens of the need for even more interference, although the problems are created by interference in the first place."

Primeiro cria-se um problema, seja económico, militar ou social, de seguida, borra-se as pessoas de medo com esse mesmo problema criado artificialmente e anuncia-se o fim do mundo, por último, e mesmo que demore algum tempo, as pessoas acabarão por ceder e aceitar novas imposições, cortes ou reduções.

"... EU's standard answer to any of its own failures is that had it just had even greater powers, things would have been much better. The real question to ask here is not why it claims this, what else could it really do, if the only alternative is to admit incompetence and failure?"

"The real question is how do voters persist in managing to ignore the reality and believe in their politicians, rather than themselves?"

Foi o que eu também nunca percebi.

"Very little of the bailouts filter down to the real economy, as it is easier to hold onto safe returns in a variety of government paper, cementing the unhealthy relationship between banks buying government securities and in return being propped up by the same governments to secure them as an outlet for these very securities and their printing machines."

Esta é uma das situações de degredo económico nos países ocidentais. Os países têm de adquirir o poder de imprimir dinheiro e só não escrevo outra vez porque nunca "tivemos" esse poder, dado os bancos centrais serem propriedade privada, do BIS (bank for international settlement), para ser mais correcto. Assim, e tirando os impostos que sacam ilegalmente ás pessoas, a única forma dos governos terem dinheiro é dar valor a um papel com um certificado de garantia de pagamento dos juros a quem nos empresta, sendo essa garantia todos nós, ou seja, e como dizem os americanos, "it´s a win win game", principalmente para os bancos que usam o dinheiro que adquirem a custo zero e emprestam sacando juros desse dinheiro. É a mais límpida forma de extorsão legalizada que conheço.

"...It is a vicious circle for an industry if I ever saw one, and I fear that we are approaching the end of banking as a private industry. But once we have a government-controlled banking industry, our problems will really begin"

A nova ordem mundial que está a ser construída desde à muito tempo, assenta as suas bases primariamente num modelo socialista/comunista onde o super-estado controlará por meio de tratados, acordos e constituições, todos os aspectos inerentes à vida do ser humano, embora, o dia a dia dessa vida seja entregue ás corporações de modo a explorarem as pessoas e recursos naturais do planeta.

"The new central bank regulator, and the banking union, ultimately draining the sound banks for money to support the failing ones, could be the nail in the coffin coming from the EU to a bank near you soon."

À que dar alguma importância às palavras deste senhor, Lars Seier, que é presidente de um banco e alguém que parece-me ter a cabeça no seu devido lugar, basta comparar o que ele escreve com aquilo que dizem os nossos banqueiros.

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2012/01/redistribuicao-de-riqueza-1-parte-lxiv.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2013/04/a-senhora-do-leste-e-o-ditador-cix.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2012/10/o-metodo-comunitario-xcv.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2012/02/deus-meumque-jus-1-parte-lxxii.html

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A torre de Basileia (1ª parte) CVII

Escrever sobre a torre de Basileia é como tentar descrever o fundo do oceano, um mistério. Irei mostrar-vos nos próximos dois artigos e no meio desse mistério, quem realmente controla o mundo financeiro, quais os canais de intergovernação por onde actuam e que acordos celebraram para reterem economias inteiras. Vulgarmente conhecido por BIS, o bank for international settlements é muito mais do que uma complexa instituição financeira.

Para entendermos quais são os arquétipos que nos governam é preciso escavar bem fundo, até à raiz do problema, e se só conseguimos vislumbrar o quadro geral depois de sabermos as peças que compõem esse puzzle, então, uma delas consiste em saber o que são os bancos centrais, peças que já foram cruciais no xadrez monetário.

O Banco de Portugal, assim como todos os outros bancos centrais, são propriedade privada, com leis próprias, onde o estado é apenas um dos "accionistas". Um exemplo desta propriedade privada é a venda de ouro por parte do Banco central Português que caso vendesse o que detêm e que neste momento perfazem 382 toneladas, o lucro seria então dividido em várias partes, sendo a fatia maior para o BdP, o estado português apenas arrecadaria os dividendos distribuidos pelo banco, tal como um accionista de um outro banco qualquer.

http://www.tvi24.iol.pt/economia/reservas-de-ouro-banco-de-portugal-divida-publica-defice-crise-portugal/1244331-1730.html

 Nesta noticia podemos encontrar várias coisas interessantes a este respeito...

"Contactado pela Agência Financeira, o Banco de Portugal explica que a venda das reservas se insere no âmbito do «Acordo dos Bancos Centrais sobre o Ouro» assinado pelo Banco Central Europeu e por 14 Bancos Centrais Nacionais, entre os quais o Banco de Portugal, em Setembro de 1999.
Desde então, todas as verbas «os proveitos realizados com as vendas de ouro ficam retidos no Banco de Portugal e são consignados a uma Reserva Especial que constitui parte integrante dos capitais próprios do Banco».
Além disso, contactado pela Agência Financeira, o Banco Central Europeu (BCE) recorda que, ao abrigo dos Tratados Europeus, «os bancos centrais estão proibidos de financiar directamente os Estados»."

Ou seja, o Bdp têm capitais próprios para quê? Se não pode emprestar ao estado, se é o BCE que financia os bancos por essa Europa fora, para que servem esses capitais? Reparem também que ao abrigo de um tratado qualquer (Lisboa) de que ninguém quer saber, os servos da politica trataram de ir arranjando a crise, impossibilitando saídas possíveis em casos de desastres económicos como este em que vivemos actualmente. Impedir o BCE de financiar os governos directamente fazendo circular o dinheiro pelos bancos comerciais é ter o poder sobre se quero ou não estrangular um país usando para isso o poder que o BIS têm sobre os bancos comerciais.

No site do banco de Portugal encontramos a sua ligação "legal" ao BIS, "O banco de Pagamentos Internacionais (BIS) é uma organização internacional que visa a promoção da cooperação monetária e financeira internacional. Considerado “o banco dos bancos centrais”, constitui um fórum privilegiado para discussão ao mais alto nível de questões relativas ao sistema financeiro internacional e ao papel dos bancos centrais."
"O Banco de Portugal é accionista do BIS. Nesta qualidade, tem assento na Assembleia Geral, um dos órgãos de decisão máximos daquela organização..."

Se existem discussões ao mais alto nível, então que assuntos são estes? Pensava eu que o BCE é que tratava dos temas monetários a serem aplicados por essa europa fora. Na realidade, isso é falso, pois todas as mudanças no sistema financeiro têm por base o que se decide no BIS e não no BCE, que apenas aplica a decisão tomada no banco da elite. Apesar de existir uma assembleia geral, as principais decisões tomam-se a cada dois meses numa reunião no 18º andar da torre englobando os 12 cabecilhas principais do gangue, discute-se "o mundo financeiro" sempre a um domingo e nenhum assessor está presente. A decoração ficou ao encargo dos mesmos projectistas do estádio de Beijing.   

"No século XX, que eu saiba, só houve um homem que tentou por o estado a imprimir dinheiro sem ter que pagar juros, imprimir o necessário para cobrir as dividas, apoiando-se no metal prata em substituição do ouro. Conseguiu imprimir cerca de 4.5 biliões de dólares, os únicos que até hoje os americanos não tiveram de pagar, depois disso Kennedy é assassinado, e a ordem executiva 1110 que fechava a reserva federal também. Para quê pedir dólares emprestados quando se podia criar o próprio dólar livre de "custo"? Esse senhor pensava à frente porque via a raíz do problema e sabia que enquanto isso não fosse mudado, aquele país nunca seria livre.

Fundado em 1930, o BIS (bank for international settlements) passou de um banco onde existiam accionistas privados (JP Morgan) e bancos centrais, para uma situação de controlo absoluto por parte dos bancos.

http://www.investorsinsight.com/blogs/what_we_now_know/archive/2006/03/07/the-most-powerful-bank-you-ve-never-heard-of.aspx

Nesta noticia, de leitura obrigatória, podemos encontrar muitos e bons aspectos sobre a forma como "trabalha" esta entidade que não é eleita por ninguém e onde nenhuma instituição global têm jurisdição para meter lá o nariz. O BIS é como a última das bonecas matrioshka, pequeno e escondido.

"A banker's bank, the BIS does no direct business with individuals, governments, or corporate entities. Instead, it deals solely with member nations' central banks (most of which are privately owned). There are 55 of them at present, and the list includes every central bank of consequence in the world.

The founders were the central banks of Belgium, France, Germany, Italy, Japan and the U.K., all of which got an identical number of shares. The U.S. Federal Reserve was not an original shareholder; however, three American banks (J. P. Morgan, First Bank of New York, First Bank of Chicago) each got the same number, giving the U.S. three times the voting power from the outset. "

Tal como escrevi no último artigo, enquanto os soldados lutavam por ideais de outros homens na derradeira batalha da estupidez humana, a segunda guerra mundial era financiada e mantida por este banco, que recebia os despojos da guerra de ambos os lados sob a forma de ouro.

"it helps central banks construct and implement financial policy decisions, in concert with one another. And it acts as a third party in transactions, facilitating the flow of money and other financial instruments, including gold.
It accomplishes this through control of currencies. It currently holds 7% of the world's available foreign exchange funds, whose unit of account was switched in March of 2003 from the Swiss gold franc to Special Drawing Rights (SDR), an artificial fiat "money" with a value based on a basket of currencies (44% U.S. dollar, 34% euro, 11% Japanese yen, 11% pound sterling)."

Tudo passa pelo BIS, que entre outras coisas serve para branquear o dinheiro, dai promover e facilitar as transacções internacionais, de onde retiram uns cêntimos por cada transacção. A substituição do dólar pelos SDR como moeda de reserva, será feita, de modo, a que num futuro próximo todas as "commodities" sejam negociadas neste "dinheiro" artificial controlado pelo BIS

The bank also controls a huge amount of gold, which it both stores and lends out, giving it great leverage over the metal's price and the marketplace power that brings, since gold is still the only universal currency. BIS gold reserves were listed on its 2005 annual report (the most recent) as 712 tons. How that breaks down into member banks' deposits and the BIS personal stash is unknown.
By controlling foreign exchange currency, plus gold, the BIS can go a long way toward determining the economic conditions in any given country.

É de todo crucial perceber o banco da elite, pois qualquer decisão de topo realizada no mundo financeiro e económico têm por base as reuniões que acontecem na torre de Basileia, por isso, quando o BCE anuncia descidas na taxa de juro, podem ter a certeza que foi com a concordância do BIS, se um país é resgatado, isso só foi possível porque foi dado o sinal verde por parte do BIS, entrando o renegociador da divida (FMI) em acção, ao qual está agregado, assim como o Banco Mundial, a isto chamou-se acordo de Bretton Woods.

Continua....

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/05/eussr-parte1-xxxii.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2012/10/o-metodo-comunitario-xcv.html

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Terrorismo Financeiro LXXXVI


Tudo isto é uma completa farsa e quanto mais eles se esforçam por escondê-lo mais visível se torna a podridão deste sistema, seja ele bancário, judicial ou politico.

O lema desta malta parece-me ser o de alimentar os cogumelos num quarto escuro com matéria fecal e pô-los a discutir essa mesma matéria. Um bom exemplo disso mesmo são os comentadores dos mediawhore que se desdobram em explicações diárias sobre como sair da crise, pois a cada dia que passa, como percebem cada vez menos do que se passa, tentam sempre arranjar uma nova teoria para a crise, tal como disse uma farsa.

Neste documento fica bem patente a transição económica que se desenrolará nesta década, é de leitura obrigatória porque um dos passos já eles o conseguiram meus senhores, a união bancária, coisa pouca dizeis vós, será mesmo assim?

Também achei impressionante a forma como os mediawhore passaram ao lado da maior fraude monetária alguma vez descoberta, refiro-me à auditoria parcial que se fez à reserva federal norte americana em finais do ano passado, onde se detectou 16 triliões de dólares em falta e que foram distribuidos pelos principais bancos e casas de investimento da Europa e Estados unidos durante três anos.

Como se isto já não bastasse para ser noticia, agrava-se ainda mais quando se percebe que este número é o valor total do PIB de toda a UE e EUA. Isto só acontece porque aqueles que recebem o dinheiro são os mesmos que imprimem esse dinheiro.

Posto isto só existe duas formas de ver-nos isto, ou as pessoas que trabalham nos mediawhore são formidavelmente incompetentes e idiotas ou então não divulgam porque não interessa de todo mostrar o quanto vale o dinheiro.

A próxima noticia mostra isso mesmo, como fazer dinheiro à grande sem problemas e com ajuda dos bancos centrais. O conluio do qual o Barclays Bank faz parte entretia-se a manipular o mercado através da principal taxa de juro a LIBOR, à qual a euribor está ligada.

LIBOR - The London Interbank Offered Rate is the average interest rate estimated by leading banks in London that they would be charged if borrowing from other banks.[1] It is usually abbreviated to Libor (play /ˈlaɪbɔr/) or LIBOR, or more officially to BBA Libor (for British Bankers' Association Libor) or the trademark bbalibor. It is a benchmark, along with the Euribor, for interest rates all around the world.

A noticia pode ser encontrada no site Bloomberg e mostra de facto o que é sistema, um grande esquema Ponzi, ou máfia organizadamente legal, nada mais.
Afixada a esta taxa de juro está uma "economia" no valor de....500 triliões de dólares, o que representa 6 vezes mais do que a economia real do mundo inteiro.

Como noticia a Bloomberg a manipulação ainda poderá estar a decorrer e qualquer mudança na estrutura desta taxa poderá "invalidar" todos os contratos que foram criados com base nessa taxa de juro, ou seja o mundo financeiro cairia por certo.

"The U.K. bankers and regulators charged with reviewing Libor in the wake of regulatory probes are resisting calls to overhaul the rate because structural changes risk invalidating trillions of dollars of contracts."

 “I don’t see a significant enhancement to the reputation of Libor without basing it on actual transactions,” said Rosa Abrantes-Metz, an economist with Global Economics Group, a New York-based consultancy, an associate professor with New York University’s Stern School of Business and the co-author of a 2008 paper entitled “Libor Manipulation?”

Desde 2008 que no meio financeiro já se desconfiava desta manipulação, mas reparem no que diz depois esta senhora.

It would only be disruptive if current quotes are inaccurate,” so resistance “is suspicious,” she said.

Só pode haver resistência daqueles que nada querem alterar se de facto os valores da taxa forem falsos ou manipulados, senão de outro modo agia-se para corrigir o erro.

Para terminar esta charada temos os procuradores americanos a quererem meter mais de 900 mil processos por causa deste imbróglio, se isto for para a frente, é caos garantido meus senhores e se calhar todos eles querem isso mesmo, a noticia pode ser encontrada aqui, na Reuters.

"Our office is aware of the allegations around the manipulation of the Libor, and we are working with other state agencies to determine whether Massachusetts has suffered any losses as a result," a spokesman for Massachusetts Attorney General Martha Coakley said."

"Barclays last month agreed to pay $453 million to settle charges that it manipulated Libor -- the London interbank offered rate, which is compiled from estimates by large international banks of how much they believe they have to pay to borrow from each other."

Libor is used for $550 trillion of interest rate derivatives contracts, as well as influencing rates on mortgages, student loans and credit cards.

É possível que os americanos caguem nesta merda, daria muito tempo e dinheiro a caçar os culpados, já para não falar que têm de se preocupar com os big banks americanos.

Max keiser explica porque é que os bancos centrais têm de estar envolvidos neste esquema.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Redistribuição de riqueza (2ª parte) LXV


Estive a dar uma olhadela no relatório dessa tal auditoria, é simplesmente estonteante meus amigos, vou deixar-vos então com alguns números...

$16,000,000,000,000.00, isto representa o dinheiro distribuído por Bernanke aos amigos entre 2007 e 2010. Em apenas 3 anos este valor representa...

- A totalidade do PIB americano...
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/us.html

- A totalidade do PIB da UESSR...mais trocos menos trocos...
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ee.html

Por certo que os bancos nacionais também devem de ter apanhado algumas migalhas, tentei verificar no documento original mas só aparecem os verdadeiros tubarões que controlam o sistema, aqui fica a lista para melhor se perceber...
Como os biliões americanos são diferentes dos europeus, é melhor usar uma tabela...

(Onde diz elaboração própria, não fui eu como é óbvio, não vá o gajo processar-me por estar a usar o seu quadro...)

- Citigroup: $2.5 trillion ($2,500,000,000,000)
- Morgan Stanley: $2.04 trillion ($2,040,000,000,000)
- Merrill Lynch: $1.949 trillion ($1,949,000,000,000)
- Bank of America: $1.344 trillion ($1,344,000,000,000)
- Barclays PLC (United Kingdom): $868 billion ($868,000,000,000)
- Bear Sterns: $853 billion ($853,000,000,000)
- Goldman Sachs: $814 billion ($814,000,000,000)
- Royal Bank of Scotland (UK): $541 billion ($541,000,000,000)
- JP Morgan Chase: $391 billion ($391,000,000,000)
- Deutsche Bank (Germany): $354 billion ($354,000,000,000)
- UBS (Switzerland): $287 billion ($287,000,000,000)
- Credit Suisse (Switzerland): $262 billion ($262,000,000,000)
- Lehman Brothers: $183 billion ($183,000,000,000)
- Bank of Scotland (United Kingdom): $181 billion ($181,000,000,000)
- BNP Paribas (France): $175 billion ($175,000,000,000)

Só para terem uma pequena ideia dos valores, somem o que a Grécia, Portugal, Irlanda e Itália pediram aos senhores feudais e juntem-lhes os juros que mesmo assim não chegam aos valores distribuidos a cada uma destas casas de investimento ou bancos comerciais.

O deutsche Bank por exemplo não se orientou nada mal, com 354 mil milhões de Euros oferecidos pelo amigo Bernanke. Os suíços que vivem tão bem, afinal sempre precisam de algum, mais de 500 mil milhões só para o UBS e o Credit Suisse.

O dinheiro nunca foi problema, senão reparem, na UESSR discute-se a criação de um plano com 700 mil milhões de euros à cabeça, mas esse valor mais uns trocos representa aquilo que o Barclays recebeu em três anos...Ou seja um só banco recebeu mais do que a suposta salvação económica da Europa.

Mesmo estes 700 mil milhões de que se fala, serão obviamente distribuídos por estes tipos, foi são estes que emprestam aos bancos mais pequenos de forma a fornecerem o crédito às empresas ou pessoas particulares. É sem sombra de dúvida o roubo do século...

Quando nos inícios do século passado se começou a construir a nova ordem mundial, eles sabiam que para conseguirem isso teriam que controlar primeiro que tudo o sistema monetário, só assim conseguiriam chegar aos outros pilares que sustentam uma sociedade (politico, económico, social, cultural). Pondo os países a pedir emprestado, mete-se automaticamente as pessoas desse país em divida....perpétua.
(Quem não entender que isto foi desenhado e não apareceu naturalmente como o sol, o faz todos os dias, nunca entenderá em parte as razões da mísera vida que leva, apesar de poder estar rodeado de amor e fraternidade.)

Como faço para agregar tudo isto?
Dou inicio á criação de organismos mundiais (ONU, UE, BCE, FMI, BM) cuja única função é absorver os poderes monetários, políticos e económicos deixados pelas nações através de tratados e acordos internacionais.
YAP! lá se foi a democracia que nunca chegou....

Assuntos Relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.com/2010/10/por-quem-os-sinos-dobram-parte-2.html
http://profundaescuridao.blogspot.com/2011/03/os-saqueadores-da-fortuna-1-xvii.html
http://profundaescuridao.blogspot.com/2011/05/eussr-parte2-xxxiii.html

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A empresa LX


A informação é veloz a percorrer os quatro cantos do mundo, já nada se consegue esconder actualmente, e esta crise proporcionou-nos algumas janelas abertas sobre como funciona de facto o sistema e quais as empresas que põem e dispõem livremente dos seus peões para serem usados no xadrez. Assim sendo, meio mundo ficou a saber da existência de uma empresa de seu nome Goldman Sachs, o que já não é mau.

Com esta nova crise a Goldman Sachs tornou-se conhecida do público, logo escrutinada, pelo menos aqui na Europa, já que nos States esta empresa é grande, muito grande mesmo. Apesar de não ser a empresa com mais "contactos" pelo mundo fora, os últimos quatro presidentes da reserva federal norte americana saíram de lá.

É daquelas empresas sombra que alberga um verdadeiro ninho de vespas assassinas e mercenários, sendo ainda, uma escola de topo para quem quer aprender a esconder contas gigantescas, se é que me faço compreender.

Sinceramente ainda estou para perceber como é que se consegue vender esta crise como algo não planeado. Os países trocam de governo á pressa sem dar cavaco a ninguém para acalmar os mercados, que caso se agitem, o povo sofre as represálias com a extinção de mais uns direitos e liberdades. Big business, minha gente.

É meus caros amigos, farto-me de dizer que a nova fase vêm aí, a agregação dos orçamentos dos países assim como a centralização do poder monetário e financeiro é o objectivo final desejável se não der para ir mais longe. É A ISTO QUE ESTAMOS A ASSISTIR, vê se acordas, eles sabem perfeitamente o que andam a fazer, não te iludas quanto a isso. Não interessa quem prossegue a obra, pelos vistos os tecnocratas que estão a ser impostos aos povos por via directa são os mais habilitados para fazer essa transferência de poder.

O que me leva de volta ao inicio, de volta à Goldman Sachs, senão vejamos, qual é o denominador comum entre o 1º ministro Mario Monti, o novo presidente do banco central europeu Mario Draghi e Papademos, o novo primeiro ministro da Grécia? A resposta é a Goldman Sachs, meus senhores, todos eles passaram lá tempo suficiente para se tornarem "economistas" do esconde esconde. Por sinal o nosso governador do Banco Central também fez lá estágio.

O artigo em questão que levanta a casualidade vêm no Le Monde, mas, para quem não gosta de ler em Fru-Fru, aqui fica em Inglês.

Ora bem, o novo salvador da pátria grega, Papademos, foi o homem que acompanhou a mudança monetária do Dracma para o Euro, visto ter sido governador do banco central de 94 a 2001, ou seja, foi o tipo que junto com a Goldman Sachs escondeu dos comissários do politburo Europeu os prejuízos e as dividas que a Grécia tinha, de modo a entrar na moeda única. Tudo isto fabricado através de esquemas financeiros complexos que os big boys adoram inventar. E aparece agora pronto a salvar o país? Conseguem realmente engolir isto? Se existe alguém que sabe como foram escondidas as dívidas, esse alguém é Papademos, não existe outro que possa responder tão bem quanto ele, bastava esse senhor querer.

A Grécia lida com mercenários que resolverão o problema vendendo o país, ou o que resta dele, nem os monumentos irão sobrar. Os juros já ultrapassaram os 100% à muito, mas como o medo já está instalado por aquelas bandas, essa percentagem já nem têm valor real, é apenas um número, que têm de ser pago claro está.

De seguida, temos o novo senhor feudal do BCE, Mario Draghi, que foi só vice presidente da Goldman Sachs Europa entre 2002 e 2005, tendo a seu cargo o departamento "companies and sovereign" que entre outras coisas supervisionava as trocas de moeda que os países faziam. Maravilha.

Por último, falta o novo primeiro de Itália, Mario Monti, que era conselheiro internacional da Goldman Sachs desde 2005, cargo esse, que abandonou assim que soube que iria ser o capo da máfia legalizada.

Não é só por terem estudado na Goldman Sachs que estes senhores são postos no poder, o facto de terem trabalhado em bancos centrais ajuda muito. Convêm relembrar que os bancos centrais estão sob a alçada do BIS (Bank For International Settlement) que serve de banco central aos bancos centrais, e espanta-me nunca ter sido pronunciado nos media, tão ávidos na procura da melhor resposta para a crise.

Por último, temos um ex economista chefe do FMI, Simon Johnson, que à umas semanas atrás diz esta coisa espantosa, "Elite business interests – financiers, in the case of the US – played a central role in creating the crisis, making ever-larger gambles, with the implicit backing of the government, until the investiable collapse. More alarming, they are now using their influence to prevent precisely the sorts of reforms that are needed, and fast, to pull the economy out of its nosedive. The government seems helpless, or unwilling, to act against them."

Reparem que este senhor diz que as elites criam as crises, palavras para quê? Mais um poeta que só se lembra de dizer estas coisas quando já não interessa fazê-lo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Assobiadelas (XLII)


O ciclo repete-se, um novo governo e a esperança ganha a mesma cor que tinha à 4 anos atrás, é desta dizem eles, não podemos falhar, ou melhor o povo português não pode falhar.
A escória já tratou de culpabilizar o povo pelo possível incumprimento de uma divída que ninguém sabe esclarecer, quem nunca ouviu os slogans "o povo português vai honrar os compromissos" ou "iremos conseguir ultrapassar as dificuldades". Esta espécie de jogada psicológica só precisa de tempo e repetição, as pessoas assimilarão o resto.

Basta ouvir as "opiniões públicas" que passam na TV para se ouvir as pessoas a dizerem merdas e mais merdas sobre como somos todos capazes de salvar Portugal. Este tipo de profanos (como a maçonaria gosta de nos chamar) jamais se interessam sobre o como, o quando e o porquê, deambulam de resposta em resposta, de crise em crise. É preciso esquecê-los, estão na terra do la la la, e muito dificilmente quebra-se o feitiço.

Neste momento todos esperam uma corda para sair do buraco, desiludam-se, só levarão com terra, pois foi-se pedir ajuda a quem escavou o buraco. Quem se safar teve sorte, o resto já fica enterrado.
E o mais estranho é as pessoas não quererem saber como foram lá parar, interessa-lhes somente sair e continuar as suas vidas normalmente, acontece, que quando sairmos do buraco, o mundo vai estar bem diferente.

É de louvar termos super ministros, uma merda nunca vêm só, por isso espera-se muita miséria aplicada pelos novatos que pretendem impressionar. O senhor Portas ratou-se para o ministério dos negócios estrangeiros, o que só lhe fica bem, primeiro, porque não trata de coisa nenhuma porque é a senhora Catherine Ashton quem de facto trata das relações internacionais europeias e segundo porque quando formos para eleições (seja lá isso quando for) o PSD vai de viola, como é óbvio e o CDS sempre escapa à queima ou pelo menos o senhor Portas. Temos ainda a imunidade diplomática que dá um "jeitaço" para tantas outras coisas.

Os media e os opinion makers andam a vender a ideia de que os gregos é que estão loucos, não devemos ser como eles, usam a máxima do "povo português lida de outra forma com os seus problemas", parece que estou mesmo a ouvir o cavaco a amansar as bestas.
Aquele povo, o Grego, é obrigado a aceitar o que não quer, pelo simples facto de que quando chega a altura de os politicos escolherem entre o povo e quem lhes dá de comer, nessa bifurcação, os descartáveis escolherão sempre os seus patrões e o povo grego já está a sentir isso. Nós vimos a seguir na lista. 

Mas, os comissários da Nova Moscovo já abriram um pouco o livro, querem um super ministro das finanças, alguém que controle efectivamente as finanças dos 27 países, claro que efectivamente só mesmo os parentes pobres do sul, mas que importa, é só mais um a mandar em casa de ninguém.

Qualquer meia leca honesto lia o programa da troika e mandava-os passear, só não o fazem porque sabem que têm de seguir o plano. Nunca na vida, países afundavam-se económica e sucessivamente se não fosse por um objectivo, que é de todos o mais difícil, a integração monetária e económica num todo.

Isto é facilmente comprovável visto toda a dívida ser de privados e para privados, na Grécia, a Goldman Sacchs e a Lehman Brothers é que cuidavam das contas públicas, em Portugal os bancos sejam estrangeiros ou nacionais é que detêm a dívida, na Irlanda foram os Bancos, Itália, Espanha, Estados Unidos.

http://www.indexmundi.com/g/r.aspx?t=50&v=94&l=pt

terça-feira, 15 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte2) XVIII

Vai uma Ajudinha?
A arte de bem enganar não é reservada a todos, conseguir um sorriso falso perante uma câmara, sabendo que se vai mentir à partida, é uma faculdade muito bem trabalhada pelos psicopatas. Estes, não são escolhidos ao acaso, têm de apresentar certas características de modo a subirem na cadeia do poder. Como usam o cérebro reptileano, destinado à sobrevivência, são incapazes de construírem emocionalmente algo dentro daquelas cabeças.

Impõem embargos económicos às populações sabendo perfeitamente que milhares de pessoas passarão fome, e outras tantas morrerão, mas fazem-no na mesma, sem remorsos nenhuns. Não consigo vislumbrar a diferença entre este acto ou um terrorista qualquer fazer-se explodir. 
Invadir países destruindo vidas e estrangular sociedades inteiras com técnicas keynesianas, são apenas alguns dos instintos de sobrevivência reptileanos dos iluminados.

"O fundo onde não queremos bater, encontra-se à mesma distância da esperança de nós termos uma vida melhor. O problema é que descemos, e enquanto a vela de luz tremida vai-se desvanecendo mais próximo o fundo irá aparecer."

Uma dessas velas que se apaga lentamente é o Burkina Faso. Porque é que vos falo neste país? Ou qual a razão de vos dar a conhecer um pouco da sua história?

É simples, não podemos pedir um mundo mais justo se não quisermos saber as causas desta degradação espiritual que nos é infligida. Não iremos ter um mundo melhor enquanto não entendermos o porquê de existirem pessoas que sofrem e passam o inimaginável para nós. Também não peças o melhor para o teu rebento, enquanto não quiseres o mesmo para todos os outros, sejam eles Africanos, Asiáticos ou Sul Americanos. Porquê? E se um dia precisares que o inverso se suceda? Não somos o mesmo, mas somos da mesma matéria.
E se te preocupas só com o teu umbigo então estás a um clique do egocentrismo, porque aqui, escreve-se sobre quem não têm voz, quem não pode dar a conhecer a sua história.

Comecemos então....

O Burkina Faso fica aqui

É o país com a pior taxa de alfabetização do mundo, com cerca de 23%. É também um excelente exemplo de como os crocodilos sugam até ao tutano o terceiro mundo.
Saber como se movimentam as forças primárias da natureza que envolvem estes países, é descobrir a profundidade da toca do coelho.

Espreitemos então a sua divida externa.

Reparem no gráfico da figura1....

O Banco mundial e o FMI ficam com quase metade da dívida, além de terem os tecnocratas prontos a intervir caso a economia não siga a todo o vapor de modo a pagar-lhes os juros. A dívida inicial, essa jamais será paga. Isso é um dado adquirido para qualquer país, seja ele rico ou pobre. Outra coisa a reparar é no inicio onde diz (Joint IMF/World Bank Debt Sustainability...). Sustentabilidade da divida, diz tudo.

Mas peguei no exemplo do Burkina Faso para vos mostrar alguém que assumiu o poder e decidiu não jogar pelas regras. Quis ser livre e conduzir o seu povo a essa libertação.

Em 1983 Thomas Sankara sobe ao poder, revolucionário à lá Cheguevara, começa a tomar medidas contra quem explorava o país. Como todos os bons revolucionários marxistas, a única forma de lutar contra o imperialismo são as armas, o que leva sempre a guerras civis ou pior aplica-se a doutrina radical ficando o país pior do que estava. Mas, este militar em particular começa a produzir um efeito positivo naquele país, que diga-se nada têm e muitos nem conhecem.

Entre outras medidas, pediu uma frente unida das Nações Africanas de modo a renegar a dívida externa. Ele argumentou que os pobres e explorados, não têm a obrigação de reembolsar o dinheiro aos ricos. Retirou as terras de cultivo aos senhores feudais e entregou-as directamente aos camponeses. A produção de trigo aumentou em apenas três anos. De 1700 kg por hectare aumentou para 3800 kg, fazendo o país auto-suficiente em comida, criou ainda o primeiro supermercado do país aberto a todos os que precisassem de comida.

Introduziu leis para proibir a mutilação genital, casamentos  forçados e a poligamia, nomeou mulheres para altos cargos governamentais e criou incentivos para trabalharem fora de casa e para permanecerem na escola, grávidas incluído.

Quando temos alguém no poder que de facto começa a pensar nas reais necessidades de uma sociedade, esse alguém é inevitavelmente assassinado. E seja ele marxista, democrata, ou outra merda qualquer separatista que criam para categorizar e catalogar grupos, o resultado é sempre o mesmo.
Sentar-se no poder um homem livre de interesses seria criar em pouco tempo uma população consciente e critica, mesmo analfabeta, como acontece com a grande maioria das populações do terceiro mundo.

O problema está quando se tenta "acordar" quem está adormecido, aí sim, os crocodilos começam a ficar agitados e com medo de possível contágio. Foi o que se passou com Sankara, quando tentou unir vários países Africanos de modo a exercerem pressão sobre o Banco Mundial e o FMI.
 
A dívida não pode ser paga porque em primeiro lugar se não pagarmos os nosso fiadores não vão morrer. Temos a certeza. Pelo contrário, se pagarmos, seremos nós quem vai morrer. Temos também a certeza. (...) Se for só o Burkina Faso a recusar-se a pagar a dívida, eu não estarei aqui na próxima Conferência. Pelo contrário, com o apoio de todos, do que preciso, (aplausos) podemos evitar pagar. E evitando pagar poderemos aplicar os nossos magros recursos no nosso desenvolvimento.” Sankara

Estes lordes, a quem lhes foi dada a habilidade de criarem dinheiro a partir do nada, (basta fazer uma simples transferência electrónica e novo dinheiro é criado), cobram juros de algo que nunca foi deles, mas como se não bastasse e aqui está o clique eugenista da coisa, impõem medidas de ajuste estrutural que aniquilam de vez os países.
Sankara apenas se recusou a ser escravo, mesmo vivendo livremente, poderia ter feito perfeitamente o que a grande maioria dos presidentes Africanos faziam e fazem, explorar os pretos, com a ajuda dos brancos.

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/03/os-saqueadores-da-fortuna-1-xvii.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/04/os-senhores-feudais-xxv.html

sábado, 12 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte1) XVII

A pirâmide da exploração
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são as duas maiores fontes de empréstimos em moeda estrangeira  para aliviar a pobreza nos países mais pobres do mundo. Ao mesmo tempo, os países mais pobres do mundo devem mais dinheiro a estas duas que a outras instituições públicas ou privadas, juntas. Isto, deve-se ao facto de a maioria destes empréstimos ser mal estruturado, levando a que os países devedores não obtenham renda suficiente para pagá-los de volta. Isto acontece porque ajuda-se uma pequena parte da elite (privada) desse país devedor, sem nenhum benefício para os cofres do estado ou das pessoas.

O PAE (programa de ajuste estrutural), é mais um slogan cuja intenção é levar os países a tomarem certos procedimentos, (quase sempre de cariz sócio-económico) antes do dinheiro ser emprestado. É mais ou menos como ter um cão amestrado que salta quando o dono lhe diz ou rebola ao seu assobio.

Estes projectos beneficiam uma pequena elite do país em questão, ou se a obra for de grande envergadura, o dinheiro irá parar directamente a uma empresa multinacional do mundo ocidental, que vai lá e faz o serviço, grande parte das vezes mal e porcamente.
Noutros casos, os funcionários dos governos e empresas privadas desviam os fundos para contas bancárias privadas. Esta parte do esquema deixa as populações desses países com uma gigantesca dívida e impossível de pagar.

Este problema da dívida internacional tornou-se numa crise cíclica porque muitos países pobres pagam mais dinheiro ao Banco Mundial e ao FMI a cada ano, do que recebem em empréstimos. Os números do próprio Banco Mundial indicam que o FMI extraiu 1 bilião dólares de África em 1997 e 1998 mais do que emprestou para todo o continente.
Globalmente, os países pobres devem aos bancos privados que actuam através do Banco Mundial quase 2.5 triliões de dólares, isto em 1998.

O Banco Mundial e o FMI recusam-se a cancelar as dívidas em caso da economia de um país colapsar, isto, porque estas duas instituições introduziram nos seus estatutos a proibição para tal acto. Além disso, os governos têm um incentivo especial para terem em dia as suas dívidas multilaterais, uma vez que o FMI determina a solvência dos países, ou seja, até o FMI dar o seu selo de aprovação (o que normalmente exige o cumprimento das políticas económicas que recomenda), os países pobres no seu geral não podem obter crédito ou capital de outras fontes.

Esta dívida multilateral (dinheiro que é devido a instituições internacionais como o Banco Mundial e o FMI, bem como às suas instituições irmãs, como o Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Africano de Desenvolvimento e Banco Interamericano de Desenvolvimento) têm subido nos últimos anos para os países mais pobres . Para países de renda baixa (definidos pelo Banco Mundial como aqueles com per capita do Produto Nacional Bruto abaixo 785 dólares), a dívida multilateral aumentou cerca de 544% entre 1980 e 1997. 544%!!!! 

O Chade, país que fica no centro-norte de África, viu a sua dívida aumentar de 330 milhões em 1987, para 1000 milhões dólares, 10 anos depois. A dívida do Chade, em percentagem no PIB aumentou de 28% em 1987 para 55% em 1997.
what a deal...

Nos últimos anos, o Banco Mundial e o FMI concordaram em ajudar os países que estão a sofrer pesadamente com o endividamento, criando os Países Pobres Altamente Endividados (HIPC) em 1996. Mas, para se qualificar para HIPC, o país deve completar três anos no âmbito de um Programa de Ajuste estrutural. Mesmo após esse obstáculo, o país deve cumprir mais três anos ligado por outro PAE (programa Ajuste Estrutural) antes do alívio da dívida multilateral ser concedido. O paradoxo cruel é que o PAE obriga  a cortar os gastos em cuidados de saúde, subsídios de alimentação e educação.

No topo, lá bem no alto da pirâmide, o objectivo nunca é o dinheiro, esse abunda, são donos das melhores terras do mundo, são detentores dos bancos, companhias de diamantes e ouro. Usam-no é certo, como factor preferencial de modo a expandirem as suas ideias maltusianas, com politicas de zero crescimento. Disfarçam-se por entre os carimbos e leis (por eles criadas), que tornam o corpo visível à luz da sociedade.

Texto original


Assuntos relacionados...
http://profundaescuridao.blogspot.com/2010/10/por-quem-os-sinos-dobram-parte-2.html

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Por quem os sinos dobram (1ª parte) VII

Batalha de Waterloo

Estávamos no ano de 1815, e em Waterloo na actual Bélgica, desenrolava-se a batalha que faria de Napoleão Bonaparte vitorioso ou derrotado na sua conquista europeia. A guerra era contra a Inglaterra (United Kingdom Of Netherlands) que junto com os prussianos tentavam impedir o domínio total por parte do general francês.
Já nessa altura tal como hoje, "o stockmarket" sofria sempre quebras ou ganhos consoante a gloriosa vitória na guerra (que de glorioso têm isso, pergunto eu?) ou a derrota carnificenta. Claro que naquele fechado mundo de gritos e papéis no ar, o pedaço de terra e suas respectivas riquezas eram sempre o que contavam primeiro, assim como as trocas comerciais.

Naquela época, certas pessoas com grande poder financeiro instalavam agentes em cada capital europeia de modo a recolherem "informações' sobre os mais variados sectores do país em questão. Uma rede de contactos de grande nível, punha a família Rothschild no topo da hierarquia Europeia. É uma inteira dinastia que ajudou a criar e a controlar como quer o mundo financeiro tal como o conhecemos hoje em dia. Rothschild é nome alemão e o seu significado em inglês é "red shield".

A rede de agentes seria vital "no golpe" levado a cabo por Nathan Mayer Rothschild em 1815.
O mercado de bolsa inglês fervilhava em saber o resultado da batalha de Waterloo, qualquer noticia podia desencadear uma hecatombe ou uma valorização das acções. O truque que Rothschild usou para comprar a economia britânica foi bem pensado, delineado por uma mente fria e calculista. Mandou os seus agentes/correctores começarem a vender acções, estes, venderam o que puderam e o que não puderam e com este "truque" toda a bolsa começou a pensar que os Rothschild já sabiam que o Duke de Wellington tinha perdido para napoleão, daí estarem a despachar tudo.

O boato fez-se verdade, a Inglaterra tinha perdido a batalha, a economia britânica afundava-se vertiginosamente, a queda iria levar inevitavelmente à bancarrota de todas aquelas empresas, mas os agentes bem treinados de Rothschild perceberam os sinais dados de quando deveriam começar a comprar o que os outros já tinham vendido e vendiam ao desbarato.

No fecho da bolsa este senhor tinha comprado toda uma economia por um punhado de libras, abrangia todas as áreas, e da sua influência não mais nenhum governo lhe escapou. Toda uma economia meus senhores.... e até aposto que Maddoff e o Oliveira Costa têm um quadro emoldurado por cima da lareira, uma espécie de Cristo em casa de cristão.

O "Golpe dos golpes" sempre foi pensado de modo a ter o efeito que teve, açambarcar a maior economia do mundo para depois se expandir no que hoje se conhece como Nova Ordem mundial. Para isso criou-se toda uma nova rede de institutos e instituições que trabalhariam por detrás do trono governamental. O golpe não foi dado com este intuito mas quem têm mais dinheiro e  poder que estados soberanos pode dar-se ao luxo de pensar em tudo.
"daí-me o controlo monetário de uma nação e eu não quero saber de quem faz as leis", foi o que Mayer Rothschild afirmou uma vez.

Por último, a Inglaterra não perdeu a batalha e só após o fecho da bolsa é que chegou a noticia que Bonaparte tinha sido derrotado, tarde de mais para muitos que naquele dia ficaram sem nada e um só homem ficou com tudo. Um golpe para mais tarde repetir, digo eu.

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.com/2010/10/por-quem-os-sinos-dobram-parte-2.html